terça-feira, 1 de novembro de 2011

Verbete do Dictionary of Sociology – Oxford – Gordon Marshall

Verbete do Dictionary of Sociology – Oxford – Gordon Marshall

Max Weber (1864-1920) Weber, juntamente com Émile Durkheim, é geralmente considerado como fundador da sociologia moderna como uma ciência social distinta. Dos dois, seu trabalho é o mais complexo e ambicioso, e continua provendo uma rica fonte de interpretação e inspiração. Sua vida, também, possui certa fascinação. Um transforno mental em 1897 foi seguido de quatro anos de inatividade intelectual. Sua mulher, Marianne, foi uma feminista antecipada, e o casal era o centro do amis impressivo circo intelectual da Alemanhã no começo do século XX, concentrando simnários regulares aos domingos em sua casa em Heidelberg. A contribuição de Max Weber para a sociologia foi imensa. Ele ofereceu uma base filosófica para as ciências sociais; uma concepção geral de sistema para a sociologia; e uma gama de esudos cobrindo todas as grandes religiões do mundo, antigas sociedades, historia economia, a sociologia do direito e da musica, e muitas outras áreas.

Enquanto a tentativa de Durkheim fudnar uma ciência da sociologia estava baseada no positivismo cientifico de seu tempo, o treinamento intelectual de Weber foi na escola de filosofia neokantiana, associada a nomes como Wilhelm Windelband e Heinrich Rickert, dominante na Alemanha naquela época. Esta filosofia envovle uma distinção radical entre fenomeno (o mundo externo que percebemos) e noumena (a percepção da consciência). Na sociologia de weber, esta tornou-se a distinção entre ciências naturais e sociais, a ultima preocupada com as formas pelas quais percebemos o mundo. Desse modo, enquanto nos podemos desejar estabelecer leis universais NAS CIENCIAS NATURAIS, ESTA não e a tarefa da ciência social – uma vez que seu interesse está na explicação causal e entendimento das ações sociais em seus particulares contextos históricos. Ao mesmo tempo, a sociedade humana não foi uma questão de sorte mas de ‘probabilidades’, e o que tornou a ciência social possível foi o fato de que seres humanos agem racionalmente por pelo menos grande parte do tempo.

O objeto próprio da ciência social, então, é a ação social: ação direcionada em relação ao significado de outros e para qual nos fixamos um sentido subjetivo. A sociologia tenta uma explicação interpretativa de tal ação utilizando uma metodologia de tipo ideal. Weber desenvolveu uma quadriqua classificação da ação sócia: ação tradicional empreendida porque sempre fora assim; ação afetiva baseada na ou motivada pela emoção; ação racional-valorativa com relação a valores; e ação racional com relação a fins ou ação instrumental. Somente às duas utlimas destas cabe o escopo de ação racional – embora Weber também argumente forentemente que poode não haver nenhuma escolha racional tanto nos fins como nos valores supremos. Entretanto, uma vez adotados, eles podem certanmente ser perseguidos por meios mais ou menos racionais. Weber viu o desenvolvimento das modernas sociedades como o crescimento da racionalização na qual o mundo perde seu mistério. O aumento em larga escala da burocracia modernaé uma importante parte do processo e uma das criticas de Weber ao socialismo era que ele iria simplesmente acelerar esse desencantamento da vida.

Em um nível filosófico, outra importante contribuição de Weber foi a teoria do valor-liberdade, uma complexa formulação comumente interepretada de maneira errônea como uma singela crença na objetividade. Para Weber, a escolha da ciência e da sociologia era uma escolha de valores, que não poderia ser justificada em termos de racionalidade instrumental. Isso era verdade também na seleção de um particular objeto de estudo. Entretanto, uma vez estas escolhas terem sido feitas, um estudo sociológico poderia ser livre de valores no sentido que sua coerência racional estava sujeia a criticas da comunidade cientifica. O que pode ser entendido por racional, entretanto, era ela mesmo aberta a mudanças históricas. Neste sentido, trabalhos científicos sociais estão permeados por valores, não so no sentido de valores do sociólogo tomado individualmente mas também os valores da comunidade de cientistas sociais e da cultura predominante como um todo.

É comum justapor Weber a Marx, e vê-lo como desenvolvendo uma sociologia alternativa, de uma so vez mais cientifica e burguesa. De fato, Os mentores intelecutais de Weber são numerosos e diveersos. Por exemplo, na formulação da tese sobre a ética protestante (comumente lida como uma alternativa a aexplicacao marxista sobre a ascensão do capitalismo), Weber estava explicitamente construindo (upon eariliar) teorias sobre capitalismo e sobre o dinheiro propostas por Wener Sombart e Georg Simmel. Weber sim propõem, de qualuqer maneira, uam importante alternativa as concepções marxistas de classe e política. Para Weber, classe é definida não pela sua relação com os meios de produção, mas pelo compartilhamento de uma mesma posição de mercado, resultante de possibilidades de vida comuns. Isso permitiu sociólogos falarem sobre por exemplo, housing classes (owners occupiers, tenantes of private rentas, and so forth) tal como as classes definidas pela possessão de habilidades e outras qualidades mercantilizáveis. Alem de introduzir o conceito de grupo de status como um importante elemento de estratificação: que é, grupos diferenciados de acordo com critérios honoríficos positivos ou negativos, e comportilhando um estilo comum de vida (tal como grupos éticos ou castas). Ele também argumentou que conflitos organizados em torno do poder foram um importante aspecto da vida social, e não necessariamente relacionado com o conflito econômico entre classes.

Existem consideráveis discordâncias quanto a visão política de Weber, que é ambivalente e complexa, tal como muitas de suas analises sociológicas. Fora ele, como alguns dizem, percussor do fascismo; ou, como parece muito mais plausível, um liberal sofisticado? O problema é que, como muito de seu trabalho, seus escritos políticos não se encaixam em simples categorias preferenciais nas quais os teóricos sociais tentam encaixa-las.

Suas publicações são tão volumosas quanto diversas, mas seus mais importantes trabalhos (todos disponíveis em tradução em inglês) são provavelmente Economia e Sociedade (1922, 1930), A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1905, traduzido em 1930), História Econômica Geral (1923), A Religião da China (1916, traduzido em 1951), A religião da Índia (1916-17, translated 1958), Judaismo Antigo (1917-19, traduzido em 1952), e os escritos metodológicos coletados e tradozidos como A metodologia das ciências sociais (1949). A fascinante biografia de Mariana Weber sobre seu marido (Max Weber: uma biografia, 1975) é um clássico da sociologia – embora muitas vezes econômico com a verdade quanto a vida privada e pública de Weber. A melhor curta introdução para os principais elementos da sociologia de Weber é o trabalho de Fran Oarkin (geralmente muito critico) Max Weber (1982).

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