terça-feira, 1 de novembro de 2011

WEBER, Max. A "objetividade" do conhecimento nas ciências sociais. São Paulo: Atica, 2006.

WEBER, Max. A "objetividade" do conhecimento nas ciências sociais. São Paulo: Atica, 2006.

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Inicia com a relação da idéia de escassez para caraterizar os fenômenos "socioeconômicos", demandando previsão planejada, trabalho, luta com a natureza e associação com homens. "o carater de fenômeno "socioeconômico" não e algo que lhe seja "objetivamente" inerente" (WEBER, 2006, p. 31). Ora, a ciencia não trata de coisas, mas de problemas, que dão significado aos eventos, tornando-os interessantes para a analise. Esta, portanto, condicionado por nosso interesse de conhecimento (expressão kantiana/neokantiana), definindo-se de acordo com o significado cultural que atribuímos ao evento em cada caso particular.


Distinções entre os fenômenos econômico sociais.


  1. Fenômenos econômicos: "Eventos e complexos deles, normas, instituições etc. cujo significado cultural para nos repousa basicamente no seu aspecto econômico" (WEBER, 2006, p. 31). Geralmente acontece quando tratamos de isntituicoes criadas/utilizadas de maneira consciente para fins econômicos. Ex: bolsa de valores, vida bancaria.

  2. Fenômenos não-economicos economicamente relevantes: Eventos que não nos interessam, pelo menos de primeira, do ângulo de seu significado econômico, mas que dependendo das circunstancias podem ter significado econômico, uma vez que seus efeitos nos interessam sob uma perspectiva econômica. Exemplo: acontecimentos da vida religiosa.

  3. Fenômenos não-economicos economicamente condicionados: Fenômenos não-economicos cujos efeitos econômicas não nos interessam , ou pouco nos interessam. Fenômenos que mostrem em determinado aspecto seu uma influencia de motivos econômicos. Ex: gosto pela arte.


Portanto, podemos ver o "Estado" sob um ângulo de fenômeno econômico, no que se refere as finanças publicas; economicamente relevante por suas intervenções via legislação na vida econômica; e economicamente condicionado uma vez que sua conduta e seu caráter são determinados por motivos econômicos. Mas as manifestações econômicas são fluidas, não tem este s determinados rótulos por si mesmas, mas somos nos que, iluminados por determinado interesse, que lhe atribuímos este caráter. "um fenomeno so conserva a qualidade de "economico" na estrita medida em que nosso interesse volta-se exclusivamente a seu significado para a luta material pela existência" (WEBER, 2006, p. 33).

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